ATA DA TRPRIMEIRAIGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SSEXTAEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA
DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 0823-051-1990.
Aos vinte e três oito dias do mês de janeiromaio de
mil novecentos e noventa, reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua PrimeiraTrigésima Sessão Ordinária da SSexta egunda Sessão Legislativa ExtraoOrdinária da Décima
Legislatura. Às quatorze horas e quinze minutos, constatada a existência de “quorum” o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem distribuídos em avulsos cópia da Ata da
Vigésima Nona Sessão Ordinária, que deixou de
ser votada em face da inexistência de “quorum” deliberativo. À MESA foram encaminhados: pelo Ver. Nelson Castan, 01 Pedido de Providências; pelo Ver. Vieira da Cunha, 01
Pedido de Providências; pelo Ver. Wilson Santos,
03 Substitutivos ao Projetos de Lei do Executivo nºs 15/90 (Processo nº 653/90); 16/90
(Processo nº 654/90);
17/90 (Processo nº 655/90). Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios Circulares nºs 02/90, da Câmara Municipal de Jacutinga; 12/90, da Câmara Municipal de Calos Barbosa; Circular s/nº da Câmara Municipal de Campo Bom. Na ocasião o Sr.
Presidente respondeu Questão de Ordem do Ver. Clóvis Brum, acerca da notícia divulgada
pela imprensa, de que
esta Casa teria autorizado o aumento da tarifa de água, tendo este Vereador
solicitado que seja expedida nota oficial esclarecendo a matéria; dos
Vereadores Martim Aranha e Dilamar Machado, acerca da Questão
de Ordem do Ver. Clóvis Brum, acima referida; do Ver. João Dib, acerca da solicitação feita na Sessão Ordinária do
dia três do corrente e retirada naquela mesma Sessão, pedindo audiência das Comissões de Justiça e
Redação e de Finanças e Orçamento quanto a viabilidade da incidência do IPC sobre a tarifa de água tendo
este Vereador declarado que voltaria a encaminhar Requerimento neste sentido;
do Ver. Flávio Koutzii, acerca da retirada, pelo Executivo Municipal, do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
05/90. Após, o Sr. Presidente registrou a presença, no Plenário,
do Sr. Jorge Bernardi, Presidente da Câmara Municipal de Curitiba. Em COMUNICAÇÕES, o Ver. Elói
Guimarães anunciou que encaminhará à Casa Requerimento, solicitando a constituição de uma Comissão Parlamentar
de Inquérito com a finalidade de esclarecer o preço atual da tarifa dos
transportes coletivo
na Cidade. Justificou tal proposição, tecendo paralelo de cálculo tarifário elaborado por técnicos da SMT com a tarifa em vigor no Município.
A seguir o Ver. João Dib, solicitou que fosse registrada a ausência da Bancada do PT durante o
pronunciamento do Ver. Elói Guimarães acima referido. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Ver. Wilson Santos registrou que
o Arroio Sarandi está saturado, não permitindo o escoamento das águas provenientes de chuvas, tendo
recentemente alagado residências nas Vilas Leão, Meneghetti e Sarandi, na Rua Rocco Aloise e em área do Passo da Figueira. Reiterou proposição já encaminhada ao Executivo
Municipal, solicitando a dragagem desse Arroio. O Ver. Airto Ferronato relatou
estudos que realizou
para apresentação do Projeto de Lei relativo ao recolhimento de tributos
municipais pelos contribuintes. Justificou essa sua
proposição, analisando o conteúdo da mesma e dizendo tê-la apresentado, ontem à Mesa Diretoria dos trabalhos. Em COMUNICAÇÕES, o Ver. Nelson Castan referiu-se ao pronunciamento
do Ver. Elói Guimarães,
acerca do preço das tarifas do transporte coletivo hoje vigente no Município,
registrando a ausência da Bancada do PT durante aquele
pronunciamento.
Comentou proposições do Executivo Municipal, de
transferência de recursos para a Cia. Carris Porto-Alegrense, questionando a oportunidade
dessa transferência, face a arrecadação apresentada por aquela empresa. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
o Ver. Artur Zanella, lamentando a ausência da Bancada do PT, questionou a alienação de imóveis do Município para a construção de “Casas da Criança” em face de acusação do Dr. Tarso Genro
quanto ao assunto. Registrou que esta Casa não autorizou qualquer aumento na tarifa do DMAE, como
erroneamente foi divulgado pela imprensa, postulando por nota oficial da Casa
a respeito. E o Ver, João Dib manifestou o seu repúdio à ausência da Bancada do PT e da Frente Popular na presente Sessão,
especialmente diante do pronunciamento do Ver. Elói Guimarães quanto ao preço da tarifa do
transporte coletivo da Cidade. Propugnou por esclarecimento quanto a arrecadação
real da Cia. Carris Porto-alegrense, tendo em vista valores anunciados pelo PT em Boletim daquele Partido. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente levantou os trabalhos
às quinze horas e dez minutos, convidando os Senhores Vereadores para a Sessão Solene a ser realizada às
dezessete horas. foi realizada
a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adroaldo Corrêa, Airto
Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clóvis Brum, Cyro Martini, Décio
Schauren, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gert
Schinke, Giovani Gregol, Isaac Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, João Motta, José
Valdir, José Alvarenga, Lauro Hagemann, Leão Medeiros, Letícia Arruda, Luiz
Braz, Luiz Machado, Mano José, Nelson Castan, Omar Ferri, Valdir Fraga, Vicente
Dutra, Wilson Santos, Vieira da Cunha, Wilton Araújo e Antonio Losada.
Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os
trabalhos e determinou que fosse distribuídas em, avulsos cópias das Atas da
Sessão de Instalação, da Primeira, Segunda, Terceira e Quinta Sessões
Extraordinárias e da Ata Declaratória da Quarta Sessão Extraordinária, que
foram aprovadas. A seguir foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em discussão Geral e
Votação Secreta foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
25/89, considerando rejeitado o Veto Total a ele aposto, por vinte e três votos
SIM contra cinco votos NÃO e dois em BRANCO, após ter sido encaminhado à
votação pelos Vereadores Luiz Braz, Vicente Dutra e Clóvis Brum, tendo sido
escrutinadores os Vereadores Wilton Araújo e Antonio Hohlfeldt. Em Discussão
Geral e Votação Secreta esteve o Veto Total ao Projeto de Lei do Legislativo nº
166/89 que, após ter sido discutidos pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Elói
Guimarães, Antonio Hohlfeldt, João Motta, Clóvis Brum, Wilson Santos, José
Alvarenga e Dilamar Machado, teve adiada sua discussão e votação por uma
Sessão, a Requerimento, aprovado, do Ver. João Motta, encaminhando à votação
pelo Vereadores João Dib, Clóvis Brum, Luiz Braz, Vieira da Cunha, Omar
Ferri e João Motta. Em discussão Geral
e Votação Secreta foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 07/89, por
trinta e dois votos SIM. Durante os trabalhos, foram apregoados os Ofícios nºs
65, 68 e 69, do Sr. Prefeito Municipal, solicitando que sejam devolvidos ao
Executivo, respectivamente, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 01/90
e os Projetos de Lei do Executivo nºs 06 e 05/90. Ainda, foi aprovado
Requerimento do Ver. Valdir Fraga, solicitando que o Projeto de Lei do
Legislativo nº 07/90 seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício
para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Nada mais havendo a
tratar, o Sr. Presidente declarou encerrados os trabalhos da
Sexta Sessão Legislativa Extraordinária às dezessete horas, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária da Câmara Constituinte a ser
realizada amanhã, às nove horas e trinta minutos. Os trabalhos
foram presididos pelos Vereadores Valdir FragaValdir Fraga e Clóvis Brum e e sSecretariados pelos Vereadores Lauro Hagemann Lauro Hagemann. Do que eu, Lauro Hagemann, e Jaques Machado, este como
Secretário “ad hoc”. Do que eu, Lauro Hagemann 11º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será
assinada pelosor
todos os
Senhores. Presidente e por mim. Vereadores
presentes.
O SR. PRESIDENTE (Valdir FragaValdir Fraga): A palavra, com o Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente foi surpreendido com o noticiário de
que as lideranças, ou melhor, a Câmara Municipal de Porto Alegre, através de acordo de liderança, havia
aprovado aumento da tarifa d’água de acordo do o IPC. Ao que me consta, nenhuma liberação da Casa foi
tomada neste sentido.
Nesta Questão de Ordem, Sr. Presidente, mais do que uma mera informação
solicito à Mesa Diretora que baixe uma nota esclarecendo que não houve nenhuma votação no sentido de aprovar
este ou qualquer aumento para a água, que a aplicação do IPC corre por conta e
responsabilidade do Poder Executivo.
O SR. ARANHA FILHO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, no mesmo teor da Questão de Ordem do Ver. Clóvis Brum é que ao
ler num dos jornais de Porto Alegre que talvez fosse algum equívoco, mas saiu em outro jornal
também. Então concluo que esta notícia tenha sido passada a todo os jornais equivocadamente.
O SR. DILAMAR
MACHADO (Questão de
Ordem): Sr. Presidente, vou mais adiante, a preocupação que teve o Ver.
Aranha Filho tive na primeira hora da manhã quando vi que a nota era idêntica, na “Zero Hora”
e no “Correio do Povo”! Conseqüentemente, entendi que era nota oriunda do Gabinete de
Imprensa da Câmara. Chamei a Chefia do Gabinete de Imprensa e constatei que a nota oriunda do Gabinete de Imprensa da Câmara e era exatamente o espelho da
realidade. Dizia que
a Câmara Municipal não havia aprovado o pedido para a retirada do Projeto do DMAE e que
por força da Lei do IPC
a tarifa seja majorada. Conseqüentemente, essa nota, esse release
ou pré-release, possivelmente foi fabricado
fora da Casa, mas não com a responsabilidade do Gabinete de Imprensa. Conseqüentemente, considero a matéria grave e dou
guarida à Questão de Ordem do Ver. Brum de que a Casa se manifeste
através de uma nota oficial.
O SR. PRESIDENTE: A Presidência já esta tomando as
providências, tendo em vista o que ocorreu ontem: recebimento de um
Requerimento solicitando adiamento por uma Sessão desse Processo. O Requerimento foi aprovado e
nada mais do que isso aconteceu.
O SR. DILAMAR
MACHADO (Questão de Ordem): Após o pedido de adiamento eu fui à tribuna e fiz um pedido à Bancada do PT,
para que retirasse o Projeto e recebi, naquele instante, a comunicação do Ver. Clovis Ilgenfritz, em nome do PT, de que o
Projeto estava adiado e retirado, esse Projeto que previa um aumento real para o DMAE. Agora, a nota saiu com esse detalhe,
mas uma cabeça, um lide que não é real.
O SR. PRESIDENTE: O que nós estamos informando ao
Plenário, até para alguns Vereadores que não se encontravam naquele momento e até tiveram dúvidas se havia
sido aprovado ou não, o que a Mesa recebeu foi o Requerimento solicitando o adiamento por uma Sessão. Se vai voltar para o Plenário ou não depende de
quem solicitou o adiamento.
O SR. JOÃO DIB
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, na Sessão do dia 3 de maio fiz um Requerimento solicitando que as Comissões de Justiça e Redação e de Finanças e Orçamento dessem o seu posicionamento quanto à possibilidade ou não de a aplicação do coeficiente de 44,8 relativo ao
Índice de Preço ao Consumidor, que eu entendia não ser possível. Mas, para não haver mal entendido, no caso da Câmara - através de suas Comissões - se manifestar favoravelmente, solicitei que o Requerimento fosse retirado para que não oficializassem o aumento. Já que o DMAE oficializou o IPC, estou encaminhando novamente à Mesa o Requerimento para que a Comissão de Justiça e a
Comissão de Finanças digam da viabilidade ou não da aplicação dos 44,8.
O SR. CLÓVIS BRUM
(Questão de Ordem): Para
que fiquem as coisas claras e distintas, apresentei numa Questão de Ordem solicitando que a
Mesa, ouvidas, quem sabe, as Lideranças, baixem uma notas esclarecendo que a
Câmara Municipal não votou aumento de espécie alguma para a água, e que a deliberação da Casa foi atendendo um
Requerimento que adiou o processo por uma Sessão.
O SR. FLÁVIO KOUTZII
(Questão de Ordem): Acompanho o que as lideranças
expressam, bem como as preocupações da Mesa e agrego de que tenho a confirmação de que já foi, a nível de
protocolo, retirado o Projeto.
O SR. PRESIDENTE: O que ocorreu ontem foi um
adiamento.
O SR. FLÁVIO
KOUTZII: Ontem também se deu a retirada
do Projeto.
O SR. JOÃO DIB: Ontem, o Ver. Dilamar Machado, num brilhante pronunciamento, disse da inteligência da
Bancada do PT em
retirar o Projeto que
poderia ser rejeitado e não poderia mais voltar este ano.
O SR. PRESIDENTE: Nós, com muito prazer, estamos
recebendo o Presidente da Câmara Municipal de Curitiba, o Ver. Jorge Bernardi. (Palmas.)
Passamos às
Com a palavra o Ver. Elói
Guimarães.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, nós ontem elaboramos um Requerimento solicitando a abertura de uma
Comissão Parlamentar de Inquérito. Estamos
com o pedido da solicitação e já com as assinaturas do referido Pedido. Porque
o que aconteceu, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, com a tarifa na Cidade de Porto Alegre, é algo
que precisa ser devidamente esclarecido, e só uma Comissão, onde serão ouvidas
todas as partes, será capaz de mostrar à Cidade o que efetivamente se fez contra o bolso do
trabalhador. Se toma
em cada passagem de ônibus 1,50 do trabalhador. Essa afirmação não é retórica, eu não estou fazendo discurso, eu estou trabalhando e vou trabalhar em cima de dados concretos,
portanto, a Cidade, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, mesmo, vejam, V. Exas, certos bloqueios que
estamos sofrendo para comunicar o que ocorre,
nós vamos fazer chegar na opinião pública, nem que tenhamos que levantar recursos para mostrar à opinião pública o que está acontecendo. É muito
grave, é gravíssimo,
Ver. Dib. O cálculo tarifário aqui em nossas mãos acusa algumas irregularidades, mas a mais grave, a gravíssima
é o cálculo tarifário feito pelos órgãos técnicos da Secretaria Municipal dos Transportes ter chegado a 12,58 cruzeiros. Estes cálculos
foram levados ao Conselho Municipal dos Transporte Urbanos, aprovados, e na hora de se decretar a tarifa, se
decretam 14 cruzeiros. Significa dizer que, generosamente, se dá a caixa dos sistema um cruzeiro e cinqüenta
centavos. O sistema transporta em Porto Alegre uma média de, vejam V. Exas, um milhão e duzentos mil passageiros/dia. Imaginem um milhão e duzentos mil passageiros/dia multiplicado por 1,50, o que isso significa!
Para onde vai este dinheiro, Sr. Presidente e Srs. Vereadores? A Cidade quer saber, a população quer saber. Sabem V. Exas o que o IPK, segundo o censo de 1987, é 3.60 e sabem quanto a Secretaria utilizou para fazer o cálculo da tarifa?
Três, ponto cinqüenta
e sete. Todos sabemos que quanto maior for o IPK - Ver. João Dib sabe muito
bem disto – menor será a tarifa, porque o
IPK é um divisor.
Vejam, se reduz o IPK. Todos sabem, e aqui se encontra o ex-Presidente da CARRIS, Ver. Nelson Castan, que o IPK
da CARRIS é maior que o do sistema convencional, que é de 4.02. O IPK da CARRIS é maior, logo está-se apropriando da bolsa popular, no que respeita à CARRIS, uma parcela a mais. São levantamentos que estamos fazendo para demonstrar que se está apropriando indevidamente da população. Isto não quer dizer que até o transporte não
pudesse ser “x”, não é esta a discussão. A discussão é calcada em cima de dados. São dados que representam documentos oficiais da SMT. Para
onde vai Cz$ 1,50 cobrados por passageiros do
transporte coletivo na Cidade de Porto Alegre? Nós queremos saber isso, a
CPI vai nos dizer, vamos ver que justificativa vai ser dada para esta apropriação da bolsa do usuário do transporte coletivo.
Estamos todos lembrados e até hoje, vejam V. Exas, insinuações se fazem à Administração passada. Eu não vou fazer aqui insinuações, agora eu trago dados concretos para demonstrar que se está tomando Cz$ 1,50 da bolsa do usuário do transporte coletivo. Se
é do sistema da CARRIS se toma mais, porque a CARRIS tem o IPK acima do sistema convencional. Dois aspectos que a
Administração vai ter que explicar à CPI: por que, graciosamente, generosamente, da Cz$ 1,50 a mais da tarifa? Por que reduz o IPK, sabendo que a redução do IPK
é aumento de tarifa? E outro dado aqui: nós já dissemos ontem que nesses 47 dias da
aplicação da tarifa, sem falar naquela tarifa que foi feita por decreto, simplesmente contrariando a
Lei, a metodologia de cálculo
estabeleceu uma tarifa.
Pois bem, nesses 47 dias nós tivemos a seguinte transferência
dos recursos: transferência ao empresário privado, aos empresários,
transferiu-se,
indevidamente, aos empresários do transporte coletivo, nesses 47 dias, uma pequena
cifra, sim, 38 milhões, 290 mil cruzeiros. Transferiu-se à CARRIS, Ver. Nelson Castan, neste 47 dias, dez mil
quinhentos e quarenta
cruzeiros. Transferiu-se a Sopal, esta empresa que está quebrando, é ônibus a cada esquina quebrando, logo que assumiram pegaram um
ônibus e foram fazer uma bacanal, não sei quem, que não era nem cobrador nem
motorista, pegou um automóvel e saíram a bater com ele. Pois, à Sopal indevidamente se transferiram 10 milhões,320 cruzeiros. Estão aqui os cálculos, isto não é discurso, não é
retórica, são dados. O total das transferências é de 59 milhões,150 mil cruzeiros. Nós queremos, efetivamente, saber por que tamanha generosidade, por quê? Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente solicito que seja consignado nos Anais da Casa o importante
pronunciamento do Ver. Elói Guimarães, de hoje, tratando da Comissão
Parlamentar de
Inquérito, e quero lamentar que nenhum
representante da Bancada governista tenha ouvido o pronunciamento do Ver. Elói
Guimarães.
O SR. PRESIDENTE (Clóvis Brum): Com a palavra o Ver. Wilson Santos, em Comunicação de Líder.
O SR. WILSON SANTOS: Sr. Presidente em exercício Ver. Clóvis Brum, Srs.
Vereadores. No Bairro Sarandi, como todos os Vereadores sabem, existe um arroio
com o mesmo nome, arroio Sarandi, que está estrangulado e sem condições de dar
vasão às águas provenientes das chuvas. Já fiz um Pedido de Informações para saber quais
as providências que o Executivo está tomando em função dos seguintes locais: Vila Leão, Vila Meneguetti, Vila
Sarandi, Rua Rocco Aloísio, área próxima ao Passo Figueiroa, e ao Supermercado Carnetti, que nestes dois últimos períodos de chuva tiveram
suas casas totalmente alagadas. Nas segunda-feira, tive a oportunidade de constatar os estragos feito
nas residências de moradores daquela região; ontem, tive nova reunião com os moradores e me
propus a levar o caso à direção do DEP para uma reunião. E aqui um detalhe importante: houve moradores que
vetaram a possível presença do Eng. Marcos, porque foi chamado ao local e alegou que não
poderia resolver o problema, só se tirasse dinheiro do próprio bolso. Então, vejam a situação em que está aquela área da Zona Norte, havendo, há tempos
um impedimento para a dragagem daquele arroio. É que existem sobre o dique
aproximadamente 20 famílias que invadiram a área e construíram as suas casa.
Mas, como é uma situação calamitosa e prioritária, eu tenho absoluta certeza que a Prefeitura tem
como desapropriar alguma área e reassentar essas famílias e fazer a devida dragagem. O que não pode é esta população sofrida que paga
os seus impostos
estar atirada a este infortúnio constante, porque a calamidade pública é toda a vez que um
grupo social é atingido por um infortúnio. Então, toda a chuva, o infortúnio da calamidade
atinge aquelas famílias daquelas regiões. E há que se fazer alguma coisa urgente!
Por isso, independentemente do
Pedido e Informações, cujo o prazo já esgotou e eu, pacientemente, estava a argumentar, não há
mais condições. E utilizo esta tribuna e faço um apelo à Bancada do PT, mesmo
com a ausência momentânea tomará conhecimento do pronunciamento, e eu peço um
esforço junto ao Prefeito Municipal e junto a direção do DEP para que imediatamente seja feita a
dragagem ao arroio Sarandi e,
conseqüentemente, aliviado o drama e o infortúnio daqueles habitantes. Sou grato.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: Existem outras Lideranças inscritas, mas eu já havia solicitado ao
Ver. Airto Ferronato a gentileza que
pudesse usar o tempo de Comunicações o Ver. Dilamar Machado, que cede ao Ver. Nelson
Castan. Nós obtivemos o assentimento do Ver. Airto Ferronato, Artur Zanella e gostaria de ter o assentimento de V. Exª, Ver. João Dib, para
que o Ver. Nelson Castan pudesse usar a tribuna.
O SR. JOÃO DIB: Eu vou precisar usar a tribuna, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Em conseqüência, então, o Ver. Airto Ferronato, que está inscrito em Comunicação de Liderança, está com a palavra.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, desde meados do ano passado eu estava estudando a
apresentação de um projeto de lei e havia concluído este Projeto já, naquela época, e não o apresentei, até porque ele versa sobre as finanças públicas e a minha
tese era de que, naquele momento, não havia a possibilidade de se apresentar um
projeto deste nível
em se obedecendo à Lei Orgânica vigente. Então, aguardei a
aprovação da Lei Orgânica
em vigor para apresentar este Projeto, que em resumo diz o seguinte: (Lê.)
“Os débitos relativos a Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial
Urbana e as taxas vencíveis periodicamente devidas por
pessoas físicas poderão ser pagos até a data do recebimento do salário do
contribuinte. Art.
2º - Estão habilitados ao benefício
previsto no art. 1º os contribuintes que optarem pelo recolhimento do imposto e taxas, mediante débito em conta corrente, na agência bancária onde lhe sejam depositados seus salários. Mediante opção do recolhimento
do débito em conta corrente bancária, poderão recolher os tributos municipais com vencimento periódico até cinco
dias após o vencimento original do débito, sem nenhum acréscimo financeiro: 1) As pessoas físicas assalariadas não enquadradas
no art. 1º. 2) Os profissionais liberais. 3) Os profissionais autônomos. 4) As pessoas jurídicas. 5) Os condomínios.”
Este nosso Projeto tem dez
artigos, e nós gostaríamos de dizer que este Projeto decorre do seguinte: hoje, o contribuinte
brasileiro paga a cada dia um tributo; um dia ele paga imposto de renda, IPTU, taxa
d’água, taxa de esgoto, e assim sucessivamente. Então, se nós analisarmos a legislação federal, estadual e municipal, nós vamos sentir que não há uma
uniformidade na data
dos pagamentos dos tributos. E nós entendemos que o nosso Projeto é um começo para que busque a nível nacional, uniformizar o dia dos
pagamentos, no nosso caso, municipais.
Com este Projeto, em primeiro lugar, facilitar o contribuinte do
nosso Município. Em segundo lugar, fazer com que
se evite que este contribuinte passe a cada dia enfrentando uma fila para pagar um
tipo de tributo.
Descongestionar rede bancária. Terceiro, agilizar o próprio recebimentos
destes créditos tributários pelo erário público
municipal. Nós entendemos que contas devidas pelos contribuintes, em muitos casos, elas não são pagas dentro do prazo de vencimento. Em primeiro lugar, pela confusão geral que existe neste País em torno da data de recolhimento de tributos. Em segundo lugar, porque o nosso contribuinte
atarefado, com compromissos e com dificuldades financeira por que passa todo o povo brasileiro, ele, em muitos casos, não pode perder horas a fio em filas bancárias, então ele prefere deixar dois ou três meses e depois
pagar com o acréscimo, do que ir a cada período em bancos.
Entendemos que facilitaremos,
com isto, a vida do contribuinte.
Em segundo lugar, daríamos uma garantia de ingresso
maior de receitas públicas, pela certeza de débitos em conta efetuados na rede
bancária, ou seja, o
contribuinte faria os seus pagamentos mediante débito, autorizando o Executivo
a assim proceder.
Éramos o que tínhamos no
momento, a respeito desse nosso Projeto de Lei que apresentamos ontem. Conclamamos todos os Srs. Vereadores que avaliem, detalhadamente, o mesmo. Vamos aqui criticar o que deve
ser criticado para
aprimorar esta idéia que vejo indispensável, necessária, útil e urgente. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em Comunicação, pelo PDT, com a palavra o Ver.
Nelson Castan.
O SR. NELSON CASTAN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o pronunciamento feito desta tribuna pelo Ver. Elói
Guimarães, para esta Casa Legislativa, é uma questão de tamanha importância que a
primeira coisa que me alertava, enquanto o Ver. Elói Guimarães falava desta
tribuna, era a absoluta ausência de Vereadores do Partido do Governo. Para uma colocação de tal gravidade como esta trazida à Casa pelo
Ver. Elói Guimarães, eu entendo que é tão grave a ausência dos Vereadores do PT, no momento em que o Ver. Elói falava porque se
fosse eu...
O Sr. Dilamar Machado: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu apenas cumpro uma missão de colega de Parlamento, não tenho nenhuma preocupação do Partido dos Trabalhadores, mas fui solicitado a informar à Casa que a Bancada do PT foi chamada com urgência do Gabinete do Prefeito para uma reunião do mais alto interesse do PT. Estou afirmando não para justificar, apenas para cumprir a solicitação dos colegas Flávio Koutzii e Adroaldo Corrêa. De qualquer modo, eu também lamento a ausência do PT, porque teria também alguns agravos a fazer a este Partido.
O
SR. NELSON CASTAN: De qualquer maneira , frente à
gravidade das informações trazidas pelo Ver. Elói Guimarães, eu acho que esta
Comissão de Inquérito tem razões suficientes para prosseguir nas suas investigações, seus
estudos, motivos e razões que o levaram o Sr. Prefeito aem assumir uma tarifa acima do cálculo, cálculo este feito pela
Secretaria Municipal dos Transportes, onde háque são técnicos da
confiança do Sr.Prefeito.
Uma outra coisa, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, é que esta Casa, já por uma vez, ou duas vezes, quem sabe, aprovou,
inclusive, com voto deste Vereador, a transferência de recursos à Cia. Carris Porto-aAlegrense. Atualmente
tramita mais um projeto, no sentido de viabilizar mais recursos, uma maior
transferência de dinheiro à Cia. Carris,
proveniente, desta
vez, do Fundo Urbano,
Fundo de Desenvolvimento Urbano.
Já
falei desta tribuna e continuo entendendo que cada Governo estabelece as suas
prioridades, entendo que não há´pa nada de ruim por princípio, de o
Governo do Partido dos Trabalhadores eleger a CARRISarris e
indiretamente o Transporte Urbano como um dois seus alvos prioritárioS para o recebimento de
recursos, e entendo
que é uma possibilidade. Agora, me chama a atenção a necessidade de a Cia.
Carris Porto-aalegrense,, em periódica
e sistematicamente,,
vir a esta Casa pedir dinheiro. Se estou bem lembrado, Ver. Dib que também é um Vereador preocupado
com estas questões de transporte, particularmente com a CARRISarris, . mMe parece que nós
já aprovamos um aumento de capital no ano passado, uma transferência de
recursos no ano passado e aprovamos, no início deste ano, se não me engano, a
transferência de um terreno que, inclusive, já foi feita a licitação pública e
agora, novamente, a CARRISarris vem à Câmara
Municipal pedir mais dinheiro. Este fato se torna mais grave, e nos põe a pensar com
mais profundidade em função desta colocação e, desta denúncia feita desta
tribuna pelo Ver. Elói que, se a Comissão de Inquérito comprovar efetivamente
que estiverá havendo uma super-tarifação,
significa também que a Cia. Carris está recebendo recursos adicionais .
Está retirando diretamente do usuário, daquele que paga passagem.
Então, nós temos que aprofundar, temos que
analisar com vagar todas estas questões, porque, com a minha experiência como Presidente da
Cia Carris Porto-alegrense,
nós não recebemos um centavo em dinheiro vivo da Pprefeitura Municipal. No primeiro ano
de Governo, houve um saneamentloevantamento das
finanças da Empresa, a contabilidade está lá parta quem quiser ver. Nós
passamos os dois últimos anos sem receber qualquer doação da Prefeitura, seja
em dinheiro, seja em imóveis,
não recebemos nada, e ainda, assim, se fez uma substancial
renovação da frota. Também estão lá os documentos para serem vistos e
analisados e os ônibus estão nas ruas circulando. Nós fomos à luta. Conseguimos
recursos do FINAME,
junto ao Banco Meridional. Então me parece que os esforços da Direção da Cia.
Carris, no sentido de expandir a frota, d e renovar a frota, são esforços
louváveis, mas tem que haver por parte da Administração da Cia. Carris maior
esforço, maior criatividade,
maior empenho no sentido de buscar recursos onde eles estejam disponíveis, sem onerar diretamente o
munícipe,
através de uma super-tarifação, e também através do acarreamento de recursos que, alternativamente,
poderiam ser empregados em outras áreas, extremamente
carentes de Porto Alegre.
Então,
aos poucos com este conjunto de informações, eu entendo que a C casa
começaou,
ou melhor, progride na formação de uma massa crítica de informações a respeito
do entendimento global da questão do transporte,, e da Cia. Carris em particular. Tenho certeza, seremos extremamente
cautelosos ao analisar esses Projetos sucessivos que vêm a esta Casa, pedindo
cada vez mais recursos à Carris. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em Comunicação de Liderança, a palavra com o Ver. Artur Zanella, pelo FPL.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, também lamento a ausência da Bancada do PT, eu queria que o
Ver. Castan ele entendaesse, a gora, porquêe eu apresentei um Projeto
há poucos dias paa´pra
que as licitações dos
índices passassem, novamente, por aqui, porque
nós liberamos coisas baseados em estimativas e, depois, não temos o retorno.
E, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, vou
tratar de um assunto extremamente delicado, mas gostaria que foicçasse nos Anais; se
esta medida já estivessem vigorando, nós não leríamos, hoje, a
entrevista do Sr. Tarso Genro, Vice-Prefeito da Cidade, candidato a Governador. Esta Casa, enquanto era
Vereador -,
o Vereador Aranha Filho deve lembrar disso -, autorizou, - o Sr. Presidente deve lembrar - a venda dos terrenos da
Perimetral para as Casas da Criança. Esta venda foi em função da avaliação que veio. O SrR. Tarso Genro,
hoje,
de manhã, tem publicada a seguinte entrevista: “que “ a
Administração Popular”
– ainda não acusando Collares formalmente – “promove uma investigação da Gestão Collares, juinto
ao Tribunal de Contas
do Estado, para
averiguar o papel da Prefeitura Municipal na venda de terrenos abaixo do preço de mercado
para empresários, como forma de recursos para a construção da Casa da Criança. Esse tipo de ação
política utilizada pelo PDT, embora não signifique nenhum juízo, nos impede de tentar
qualquer aliança com o Partido do ex-Prefeito, que até agora não apresentou explicações convenientes sobre o episódio da Casa da Criança, nem o valor dos
prejuízos e sequer disse quem vai pagar a conta do Município”. E dizia, depois
de assumir a Prefeitura, que “a primeira tarefa foi pagar a conta de propaganda do Governo Collares, etc., etc.”. Então, se nós tivéssemos, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o poder, depois
de vendido terreno, de avaliação, de examinar estas vendas, tenho certeza de que isso não apareceria nos
jornais, porque nós não temos definitivamente o controle, depois. Eu não sei se o Dr. Tarso Genro, ao fazer uma
acusação tão grave como esta, tem razão. Acho que não, mas pelo menos, eu não sei se tivesse passado pela Câmara, se nós teríamos este tipo de problema. Nós estamos passando recursos
para a CARRIS. Inclusive a CARRIS tem que usar metade dos recursos na compra de ônibus para a
Restinga. Não veio para cá nenhuma Lei autorizando, mudando essa destinação. Eu tenho certeza absoluta
que a CARRIS não comprou nenhum ônibus para
a Restinga, porque, inclusive, é outra empresa que está fazendo aquela linha.
Então, vou encaminhar a cópia desse meu pronunciamento à Direção do PT, e espero que a Comissão que trata do assunto da Casa
da Criança investigue esta parte, porque
acho extremamente grave. Eu já vi acusação a Prefeito, por exemplo que, politicamente, era de direita, era de esquerda, que foi indicado, não foi indicado; mas acusação
desse tipo, tão incisivo, eu nunca tinha lido ainda contra o Prefeito da Cidade de Porto Alegre.
Segundo, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu hoje
já falei com a Rádio gaúcha, com a Rádio Guaíba, com a Rádio Pampa, sobre o
assunto referente ao aumento das tarifas de
água. Como todos os jornais publicaram o mesmo tipo de pronunciamento, creio que esta notícia foi enviada aqui da Câmara. E tem que deixar bem claro, Sr. Presidente, acho que a Câmara deveria fazer uma nota oficial dizendo que não aprovou nenhum aumento da tarifa d’água. A Câmara
não aprovou em nenhum momento a tarifa de água. Quem aumentou a tarifa de água foi o Sr.
Diretor do DMAE, com
a autorização do Sr. Prefeito, em 44,8%, que é o IPC do mês de abril. Resta saber se isto é correto ou não, se há congelamento ou não. Mas esta Casa tem que se
pronunciar, como esta
Casa, como entidade. A Câmara tem que fazer uma nota oficial e distribuir na imprensa dizendo que isso é um decisão da Prefeitura. Agora, na Rádio Guaíba, o Sr. Silvino Marcon, que é um técnico, me perguntava o que faziam os Vereadores que só
vinham para cá aumentar a água. Aí expliquei isso para ele, e
ele me perguntou o que faziam os
Vereadores que não mandavam isto para o Ministério da Economia porque as
tarifas públicas
estão congeladas.
Então, Sr. Presidente e Ver. Clóvis Brum, que tão bem se houve como Prefeito neste final de semana, e
eu o cumprimento por isso, tem neste
momento, na Presidência - que me perdoe -, a obrigação de conversar com o Ver. Valdir Fraga, para fazer uma nota oficial porque nós estamos
sendo cobrados por algo que não fizemos, e com notícia saída de dentro desta Casa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Desejo informar ao Ver. Artur Zanella que a primeira Questão de Ordem da tarde de hoje foi exatamente deste Vereador, solicitando o que V. Exª acaba de manifestar, e houve a manifestação de várias lideranças e da Presidência da Casa,
através do Ver. Valdir Fraga, que já está elaborando a nota para ser divulgada.
Liderança com o PDS. Ver. João Dib, cinco minutos
com V. Exª.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente
e Srs. Vereadores, preciso manifestar o meu repúdio pela total ausência da Bancada do PT e da Frente Popular durante
toda à tarde. Enquanto o Ver. Elói
Guimarães estava na tribuna, trazendo um pronunciamento da mais alta relevância, pedindo uma Comissão
Parlamentar de Inquérito para analisar os atos da Administração Municipal, até fiquei tranqüilo e já não tão bravo porque via
entrar aqui o Ver. Clovis Ilgenfritz, mas ele veio saber qualquer outra coisa, menos tomar conhecimento do pronunciamento que estava sendo feito,
importante, sério e que deve ter grande repercussão. E a Bancada do PT em nenhum momento esteve
aqui. E não se diga que o Prefeito chamou. Porque não importa se o Prefeito chamou ou deixou de
chamar, a Bancada tem nove integrantes e, no mínimo, um poderia ter ficado aqui para relatar o que
estava acontecendo para, eventualmente, responder alguma agressão que não deve ser deixado passar em branco, portanto, talvez nem seja necessária a Comissão Parlamentar de Inquérito porque, se ninguém
contestou, deve ser verdade. Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a Comissão, no meu
entendimento, toma uma importância extraordinária. Desta tribuna, muitas vezes, eu tenho dito que a CARRIS se apropria indevidamente diariamente de altos valores das empresas, vale dizer, da população
porto-alegrense. Se a CARRIS foi transportar na Restinga e não resistiu, porque lá na Restinga, um quilômetro
percorrido dá uma arrecadação de 25 cruzeiros, na Auxiliadora, dá 125 cruzeiros ou mais, e esse Boletim que ontem foi lido aqui, do qual eu tinha uma minuta antes de ele ser divulgado, diz que a CARRIS iniciou a linha T–6 levando diariamente mil passageiros, surpreendentemente
para eles. Portanto, já
que o Secretário do Transportes Dr. Diógenes diz que a tarifa é social - disse na Rádio Guaíba, com todas as letras – e aqueles que arrecadam a menos recebem daqueles que recebem a mais, eu
quero, nessa Comissão
Parlamentar de Inquérito, que a CARRIS diga onde ela está colocando um milhão e novecentos mil cruzeiros que diariamente ela se apropria, de forma indébita, desonesta, da tarifa social. Porque a CARRIS, que diz que transporta 280 mil passageiros por
dia e que os quase 280 mil passageiros representam 30% dos passageiros transportados – vale dizer que
os empresários transportam 653 mil - e como todos transportam pelo mesmo 14 cruzeiros e como a CARRIS, com 220 ônibus, transporta
igual aos 1180. Me parecer que a CARRIS está ficando com o dinheiro mesmo. E a diferença é mais ou menos
esta: um ônibus das empresas arrecada de 7 mil e 800 cruzeiros a 8 mil cruzeiros, e o da CARRIS mais de 17 mil cruzeiros. A tarifa é social e, portanto, os dois deveriam
arrecadar igual, não é verdade porque a CARRIS – e não é de agora, há bastante tempo – não repassa os recursos devidos às empresas, aos permissionários, e por isso vimos
uma Belém Novo falir,
porque a CARRIS ficou com o dinheiro da Belém
Novo! Esta Comissão de Inquérito tem que trazer à tona esses dados, ou então terá sido mais uma Comissão para lamentar. Não vamos permitir que desta vez o PT diga que é a Comissão das fichinhas,
quando o Secretário do Município foi indiciado – absolvido, depois, não importa, mas indicado. O fato era
grave, não vamos permitir, neste momento, que mais uma Comissão tenha um desfecho triste e que não represente um
trabalho, um esforço para a busca da verdade. Sou grato.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Nada mais
havendo a
tratar, Há “quorum”.
Passamos à
DISCUSSÃO GERAL E
VOITAÇÃO SECRETA
PROC.
Nº 2769/89 – VETO TOTAL AO PROJETOD E LEI COMPLEMENTAR Nº 025/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros, que dá
nova redação ao inciso II do art. 121 da Lei Complementar 133, de 31.12.85,
alterada pela Lei Complementar 186, de 12.12.88. (Reajuste mensal – servidores
municipais.)
Parecer:
-
da
Comissão Especial. Relator Verª
Letícia Arruda: pela rejeição do Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão.
(Pausa.) Em votação. Encaminha o Ver. Luiz Braz.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente
e Srs. Vereadores. Eu vejo que o número de Vereadores presente em Plenário,
neste instante, não é um número significativo suficiente para derrubar o Veto e
isso me preocupa, porque eu sou favorável ao Projeto do Ver. Leão de Medeiros;
sou contrário ao Veto aposto pelo Sr. Prefeito Municipal e tenho aqui alguns
números que podem justificar esta minha atitude – aliás, não é somente minha, é
também da nossa Bancada, o Ver. Edi Morelli e este Vereador – alguns números
que talvez sejam novos para este Plenário, pelo menos eu não ouvi este números
serem citados no Plenário, mas que podem inclusive orientar a própria votação
do Projeto de aumento do funcionalismo, que o Prefeito mandou para esta Casa. O
ISSQN – eu conversava antes com o Ver. Airto Ferroanto e posteriormente
conversava com o Presidente do Sindicato – o ISSQN representa mais ou menos 25%
da arrecadação do Município. No mês de dezembro, o ISSQN esteve na casa dos 27
milhões. Neste mês de janeiro, nós temos uma arrecadação de ISSQN na cerca de
45 milhões de cruzados. São números que eu acabo de receber e que pode nos dar
uma orientação do que vai representar o recebimento da Prefeitura neste mês de
janeiro. Tem outro número aqui que é bastante significativo. O ITBI, apenas num
dos dias atrás... Eu tenho o ITBI até o dia 22 de janeiro: foi 12 milhões de
cruzados. O ITBI total do mês de dezembro foi de 9 milhões de cruzados, mas
ainda temos oito dias para completarmos o mês, porque esses dados aqui tem até
o dia 22 de janeiro, e só num desses últimos dias tivemos uma arrecadação do
ITBI na cerca de 4 milhões de cruzados só num dia. No dia 17 rendeu para a
Prefeitura 4 milhões de cruzados do ITBI. Isso sem contar outros impostos significativos
para a receita do Município no mês de janeiro. Exceto entre esses impostos
significativo o IPTU que, muito embora represente cerca de 10 a 12% na
arrecadação geral, no mês de janeiro, e ele tem um comportamento completamente
diferente porque as pessoas procuram pagar antecipadamente para poder ganhar as
benesses oferecidas pela legislação... Então, nos meses de janeiro e fevereiro,
normalmente temos uma arrecadação bem maior do IPTU do que acontece nos outros meses. Só por isso
eu diria ao Senhores que 158 milhões de cruzados, que disseram que seria a
folha de pagamento, estaria em muito superada pela arrecadação do mês de
janeiro. Se não fosse isso suficiente, uma outra informação que também trago de
pessoas que mexem com a arrecadação, com a folha de pagamento do Município.
Esses 158 milhões de cruzados já inseridos nesses e a antecipação de féria
porque neste mês muitos funcionários públicos tiram férias e não recebem a
antecipação de féria e colocaram neste 158 milhões de cruzados, também somadas,
as antecipações de férias. É claro que, se somar tudo. A gente sabe que as
antecipações de férias são devolvidas. Os funcionários recebem isso e nos meses
subseqüente eles devolvem isso para o Município. Então, de fato, isso não
significa um gasto. Isso na verdade vai ser reposto, e o Prefeito Municipal,
quando fornece os dados para a imprensa, quando fornece os dados para a Câmara
Municipal, ele não entra nesses detalhes. Por isso mesmo somos amplamente
favorável a que se derrube o Veto aposto do Sr. Prefeito ao Projeto de Lei do
Ver. Leão de Medeiros e até faço uma solicitação neste final de encaminhamento
para que os outros Vereadores que se encontram nos seus gabinetes venham para o
Plenário para que possamos derrubar esse Veto e posteriormente o outro Veto,
que será colocado em votação, que o Veto do Projeto do Ver. Mano José, que
manda fazer os pagamentos quinzenais.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. CLÓVIS
BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, recebi os avulsos e há um Veto ao
Projeto de Lei Complementar nº 027/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros.
Mas, se não me engano, há um outro. A Mesa poderia me informar qual é?
Gostaria, ainda, de saber se além desses vetos haverá a votação dos projetos
constantes da convocação extraordinária.
O SR.
PRESIDENTE: São dois Vetos que temos para apreciar, Vereador:
um ao Projeto de Lei Complementar nº 27/89 e o outro é ao Projeto 2840, de
autoria do Ver. Mano José. Quanto aos Pareceres sobre os Projetos, a Assessora
Legislativa já está colhendo as assinaturas dos Vereadores e, no decorrer da
Sessão poderei prestar-lhe uma informação melhor.
A palavra com o Ver. Vicente
Dutra para encaminhar.
O SR. VICENTE
DUTRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. É muita
incoerência o triste espetáculo a que estamos assistindo, neste Parlamente,
provocado pelo PT. O PT é de uma incoerência toda a prova e, talvez, a maior
contradição que se possa verificar, embutida nesse Partido, seja, exatamente,
uma que não é diretamente culpa dele, mas, sim, do sistema eleitoral vigente à
época da escolha do prefeito municipal, pois colocamos à maioria à frente do
comando da Cidade e o que vemos é o que aí está. É bom lembrar que o PT se
elegeu por 34% dos votos, o que vale dizer que mais da metade desses votos não
foram do PT, votaram nesta candidatura. Então, o PT deveria se comportar pelo
menos respeitando essa absoluta maioria daqueles que o rejeitaram votando em
outra siglas, em outros partido. Lamentavelmente, na ocasião não existia o
segundo turno ainda que com reduzida margem, assumia o comando da Prefeitura.
Nós não podemos deixar de registrar este fato que é altamente elucidativa para
entender essa confusão toda que hoje agita a nossa Cidade. Uma outra
contradição nós verificamos logo no primeiro mês, quando houve aquela greve em
todo o Brasil e nós encontramos o Prefeito Municipal panfleteando em frente ao
antigo Banco do qual é originário o Banco do RGS. Lá S. Exª não era mais o
chefe do Executivo, que deveria se comportar como tal, mas ainda acostumado ao
gesto de Líder Sindical estava panfleteando em frente do Banco. Mas isso ele
fez das 06 às 9h30min., conforme registrou a imprensa. Mas ele voltou para o
Gabinete e sentou na sua mesa de trabalho, ligou aqui para a Câmara convidando
as lideranças com assento nesta Casa para que fossem conversar com ele. Eu
estava na Casa aquela manhã, era período de recesso e as lideranças se
movimentaram lépidas e faceiras, como diz o poeta, se dirigindo ao Paço
Municipal na certeza de que naquele momento o Sr. Prefeito Municipal, embuído
daquele espírito que no animava alguns minutos antes iria, é claro comunicar as
lideranças que estaria concedendo aos funcionários municipais também em greve
um aumento bem mais substanciado que aquele que ele estava reivindicando,
segundo ele, justamente para os trabalhadores. Para surpresa das lideranças, o
Sr. Prefeito fez uma apelo dramático às lideranças no sentido de que ajudassem,
aqui na Câmara Municipal, um ajuste bem abaixo daquele percentuais que ele
estava panfleteando, pela CUT, lá no Banco do Estado do Rio Grande do Sul.
Ficou, claro, então, a grande incoerência da Administração Municipal em agir
com dois pesos e duas medidas: na hora da agitação – e isto sabe fazer como
ninguém – panfleteiam em favor da CUT, contra o Banco do Estado, como se o Banco
do Estado fosse também entidade à parte no Brasil e não sofresse as condições,
como se o Governo do Estado tivesse condições de pagar acima daqueles
percentuais ao qual o Prefeito não consegue pagar. As incoerências continuam, o
PT arrocha os salários. Tenho aqui uma tabela que me foi trazida por um
companheiro, que no momento não o vejo no Plenário, em que ele arrola as faixas
de 01 a 07. Segundo a proposta do Prefeito, de 01 a 05 não haverá modificação.
Mas mesmo considerando os 117%, vejam bem: aqui na faixa 1, o que não existe,
oitocentos e quarenta e um e setenta e seis. Faixa 01, do Município. Está aqui
o Presidente do Sindicato, peço que ele me confirme com a cabeça ou não se este
valor está certo. Como é que pode ser oitocentos e quarenta e um se o
salário-mínimo está em torno de um mil e quatrocentos cruzados? Como o Partido
dos Trabalhadores admite um salário desses, como do faixa 01? Como isto não foi
ao menos retificado ao nível do salário-mínimo? é uma grande incoerência isto
daí, dizem que começa numa faixa 02, um mil e quatrocentos e setenta, que é um
salário-mínimo. E vejam bem, o pessoal do Estado não está satisfeito. Temos
greve no Estado, pressões de todo o jeito com o Governador. Faixa 01, 2.388,.
Salário pago aos trabalhadores. Aqui, como reajuste de 117% ficaria em 1.460. O
Técnico Científico, se fosse dado o reajuste de 117% que o Prefeito não quer
dar ficaria em torno de 5.724,80. no Estado está em torno de 11.508, 00 e lá
também tem greve e não estão satisfeitos. Está lá o Governador, foi recorrer
inclusive a recursos internacionais para poder pagar melhor os seus
funcionários. Eu tenho aqui tantas e outras coisas de incoerência mas acho que
já foi relatado pelos companheiros. Só conclamo os meus pares que rejeitemos de imediato este Veto,
concedendo, no mínimo, o reajuste mensal, como propõe o Ver. Leão de Medeiros.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS
BRUM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Solicita-me o Ver.
Artur Zanella que faça este pronunciamento também em nome do PFL, o que muito
me honra.
Quero dizer rapidamente que
seria interessante, neste momento, que a Liderança do PT delegasse, ao Ver.
José Alvarenga, o pronunciamento sobre a posição de sua Bancada, porque me
parece que se trata de uma conquista salarial, se trata, em síntese, e um luta
de trabalhadores, que a CUT tem defendido com toda a veemência e o próprio
Partido dos Trabalhadores a defendeu nas suas campanhas eleitorais. Ainda tenho
na retina os pronunciamento do candidato à Presidência da República, em que eu
votei – no primeiro turno, votei em, Ulysses Guimarães, no segundo, votei no Dep.
Lula – e a luta do Dep. Lula, na sua campanha, era exatamente a mensagem
dirigida aos trabalhadores, nas defesa dos eu interesses, e já não era a mesma
defesa dos outros candidatos, mas, rigorosamente, acho que a Bancada do PT
marcaria um tanto decisivo, politicamente falando, nesta tarde, se designasse o
Ver. José Alvarenga para encaminhar este Veto. Não pelas discordâncias do Ver.
Jose Alvarenga, pois acho que não há discordância entre S. Exª e o seu Partido. Há uma oposição clara e
coerente. O que o Ver. José Alvarenga tem defendido aqui na tribuna não é nada
contrário à Bancada do PT. Está tudo exatamente dentro do programa partidário
do PT. O Ver. Alvarenga não inventou nada. Os seus discursos são exatamente
dentro do programa do seu partido. Não tenho nem que felicitar o Ver. José
Alvarenga. Ele está penas cumprindo com a sua missão, de levar a diante, nas tribunas
do Legislativo, o seu programa, o programa do Partido dos Trabalhadores.
Discurso contrários nascidos das hostes do PT esse sim que estão criando alguma inovação. Quer dizer: ou são
divergentes do programa partidário ou são divergentes das promessas eleitorais
e, com isso, nada convergem os interesses dos trabalhadores da Prefeitura.
Ainda bem o Ver. Leão de Medeiros quando traz a oportunidade para que se faça o
reajuste mensal. Aliás tem uma proposta do Executivo.... O Senhor também não
está criando muita coisa, não. V. Exª me desculpe, mas não está criando muita
coisa também, por isso acho que o PT vota conosco na derrubada deste Veto,
porque o PT acabou de enviar o Projeto que acena para a correção mensal. Bom,
agora o PT votar contra esse Veto, aí sim, eu posso dizer que aquele Projeto
que acena com a correção mensal é de mentirinha, não é sério. Até o presente
momento eu não defendo, eu digo, pelo contrário, que a Bancada do PT vai votar
contra o Veto do prefeito porque
colide, se choca frontalmente com as grande lutas e nisto o Ver. José Alvarenga
foi muito feliz ontem com as grande lutas da Lideranças tradicionais do Parido
dos Trabalhadores. Dizia o Ver. José Alvarenga, numa de suas belas tardes de
discursos nesta tribuna. Liderança do Partido do Trabalhadores com grande
promessa. Ele, de vez em quando diz alguma coisas que não são verdadeiras no
sentido prático da vida, mas promete muito o Ver. José Alvarenga. Quer atribuir
ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul o caos da Administração do PT em Porto
Alegre. É uma tentativa de defender a administração do seu partido, mas que não
tem ressonância no mundo econômico, naqueles que entendem da Administração
Pública.
Mas continuo ainda achando que o Ver. José
Alvarenga teria nesta tarde a grande chance de resgatar a luta do PT e do PT do
Ver. Antonio Hohlfeldt. O Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão ontem e o Ver.
Antonio Hohlfeldt tem razão hoje. O Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão ontem e
ao Ver. Antonio Hohlfeldt lhes sobram razoes hoje. Não
sou eu quem digo, é o Vice-Prefeito Tarso Genro, é o prefeito em
exercício hoje quem diz isso, nas suas declarações. Não sou eu quem estou
dizendo. Sobraram razões na luta do Ver. Antonio Hohlfeldt, ontem e sobraram
razões hoje. Por isso, Sr. Presidente, eu vou sentar-me na minha tribuna e
aguardar que a Bancada do Partido dos Trabalhadores marque um ponto positivo nos
encaminhamentos desse Veto, designando a
palavra vitoriosa ao Ver. José Alvarenga para fazer esse encaminhamento. Sou
grato.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. RESIDENTE: Não havendo
mais quem queira encaminhar, passaremos à votação do PLCL nº 025/89.
Convido os Srs. Wilton Araújo e Antonio Hohlfeldt
para escrutinadores, uma vez que a votação é secreta.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada
nominal do Srs. Vereadores para votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Após proceder
à chamada.) Votaram 30 Srs. Vereadores, Sr. Presidente.
(É procedido o escrutínio.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLCL nº
025/89 e rejeitado o Veto Total a ele aposto por 23 votos SIM contra 05 votos
NÃO e 02 em BRANCO.
Sobre a mesa, três Ofícios nºs 65,68 e 69/90, do
Sr. Prefeito Municipal, solicitando que seja devolvido ao Executivo Municipal,
respectivamente, o PLCE nº 01/90 e os
PLEs nºs 06 e 05/90.
Passamos ao
próximo Projeto.
PROC.
Nº 2840/89 – VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 166/89, de autoria do
Ver. Mano José, que estabelece critérios de antecipação de retribuição pecuniária aos servidores
municipais.
Parecer:
- da Comissão de
Justiça e Redação. Relator Ver.
Isaac Ainhorn: pela rejeição do Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão.
Para discutir, com a palavra o Ver. Isaac Ainhorn.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Elói Guimarães.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Nós já tivemos a
oportunidade de examinar pela manhã a questão ligada aos salários do
funcionalismo e dizíamos que nas razões que embasaram o Veto deveríamos riscar
a palavra “aumento”. Não se trata de
aumento e aumento é quando acresce a toda a luta do funcionalismo é uma luta
para não perder, é diferente da luta para ganhar. Esta é a luta que trava o
funcionalismo para não perder através da reposição estrita da perda que o
funcionalismo têm ao inicio do mês um salário “X” e quando chega o fim do mês,
nós temos que deduzir deste “X” o que a inflação lhe tomou, a inflação é como
se fosse uma mão invisível que retira do bolso do funcionalismo o
correspondente à perda do poder aquisitivo do mês. Então a luta do
funcionalismo é o Veto que há pouco derrubamos nada mais representou fazer com
que o funcionalismo não perca, não vai ganhar evidentemente, porque estamos
aqui discutindo, correção inflacionária, não ganha mas pelo menos não perde.
Isso é o mínimo de dignidade que a Administração tem que reconhecer ao funcionalismo.. Então nada
mais são, na mais justo, nada mais correto do que a luta do funcionalismo para
não perder.
Temos hoje à tarde dois Projetos
do Executivo a examinar: o que encaminha a reposição da inflação parcial – o
que é inaceitável;o outro visa extinguir, ou melhor, incorpora o DEP ao DMAE.
Quero dizer que o Executivo, a Administração não administra a Cidade sem a
concorrência da Câmara Municipal de Porto Alegre. Não temos dívidas, não vamos
aprovar a reposição parcial. Entendemos que reposição, que já é lei, tem que
ser dada integralmente. Não podemos concordar que se barganhe, que ser negocie,
vejam bem, a reposição inflacionária. Não é o aumento. Poderíamos negociar um
aumento ou uma reformulação salarial, mas a perda substancial dos salários não
podemos negociar, não podemos negociar essa perda que é enxurrada inflacionária
leva a cada e cada dia. Isso é inegociável.
Mas vejam que estamos, agora,
examinando um Projeto que visa o pagamento quinzenal. É justo esse Projeto? Sim
, é justo, na medida em que a inflação é diária. Estamos atravessando uma
inflação de 2% ao dia. É, realmente, um saque ao poder aquisitivo do
funcionalismo e dos trabalhadores. Então, repor-se quinzenalmente, é válido.
Mas, parece-me, que isso pode ser discutido numa negociação alta, quando temos
dois Projetos do Executivo a enfrentar: um que extingue o DEP, e outro que
trata de uma reposição na ordem de 75%.
Diante desse quadro, e antes de
votarmos, de rejeitarmos esse Veto, podemos fazer uma negociação com referência
a esse Projeto. Agora, o que não podemos, Sr. Presidente e SRs. Vereadores,
é abrir mãos da reposição integral da
inflação, e veja que está se dá mensalmente, não é diária, porque o correto, o
verdadeiro, seria uma reposição diária, e todos nós estamos aí habituados a
entrar no supermercado, entrar na loja, a ir no açougue, etc..., os preços
modificam diariamente, é diariamente que a maquineta do supermercado reajusta o
preço do arroz, feijão, etc..., e não se dá isso com os salários. E mesmo
pretendendo ao mês o reajuste,a reposição no mês, nós ainda estamos encontrando
resistência de parte da Administração, o que se nos afigura insustentável.
Portanto, ao encaminhar favoravelmente a derrubada do presente Veto que
estabelecer ao pagamento quinzenal, o que é justo, estamos diante, logo à
frente da análise de dois Projetos, o que propõe reposição salarial que é
inflacionária mensalmente num percentual de 75% e a extinção do DEP, e
automaticamente a incorporação ao DMAE, me parece que isto aí pode ser
negociado. Então, fica aqui, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, a nossa manifestação, não de apelo e aqui já
sustentou o Ver. Isaac Ainhorn de boa política de parte do Executivo em retirar
imediatamente pelo menos um dos Projetos que trata do salário do funcionalismo
e imediatamente pagar a reposição, e aí está a questão ligada ao presente
Projeto quinzenal, podemos sentar à Mesa, as
Lideranças, as Bancadas, a Câmara pode sentar à Mesa e fazer
uma discussão, porque aí não se trata de barganhar a inflação, nós não podemos
barganhar a inflação., nós não podemos pechinchar com
a inflação,porque perdida ela não se recompõe. Então, é negociável sob qualquer
aspecto e tem que se dar a reposição total da inflação a partir desse mês.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A palavra com, o Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Srs. Funcionários
públicos municipais e, muito especialmente todos os companheiros que atuaram
comigo na SMT, seria muito fácil manter a boca calada, dar o meu voto, que é
secreto, me poupar de alguns desgaste, não entrar nessa discussão, quem sabe lá
dizer para alguns que votava assim e votar de outra maneira, como é tão comum.
Mas, ao longo de 7 anos, nesta Casa 6 em que representei sozinho o Partido dos Trabalhadores, na oposição,
jamais fugi de uma posição e, inclusive, tive a dura experiência de, em 1988,
após as eleições, ser vaiado por alguns funcionários que defendiam alguns
interesses, quando eu alertava que a aprovação do que se chamava, então, plano
de carreira, era impagável e geraria situações realmente de calamidade na
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Dentro dessa perspectiva acho,a te, que a Administração, no ano
passado, conseguiu levar o barco com imensa dificuldades, havia uma previsão
inicial de não se pagar a folha em maio, depois se atrasou para agosto
setembro, acabou passando para novembro e, em dezembro, enfrentamos a primeira
greve problema. A Câmara de Porto Alegre teve uma participação objetiva na
tentativa de encaminhamento de solução, deu um voto de confiança á
Administração Pública quando, no final do ano passado, aprovou uma reforma
tributária, senão no seu todo, pelo menos num percentual que eu diria,
guardadas as proporções da Bancada de situação, que é absolutamente minoritária
nesta Casa, foi, realmente um voto de confiança, sob todos os aspectos à
Administração. Aprovamos todos os Projetos, embora alguns deles com algumas
modificações bastante significativas e outros, praticamente na sua forma
original. Portanto a Administração tem que dar uma resposta a esta Casa e
também a seus funcionários. Já disse em outras ocasiões e não tenho porque
deixar de repetir hoje, que não adianta nada a Administração pretender aplicar
na Cidade. Esta angustia todo o Administrador tem e eu tenho certeza de que o
Ver. João Dib tinha esta angustia quando Prefeito, deve ter tido o prefeito
Collares e, certamente, tem o Prefeito Olívio Dutra. Cada um com critérios de
que sejam as obras públicas, uns enfatizando uns aspectos, outros enfatizando
outros aspectos, mas todo querendo deixara
sua marca as tender aquela demanda
que a população apresenta, , mas de nada adianta fazermos
estes investimentos se não tivermos a máquina da Prefeitura funcionando. E
assim como eu dizia por diversas vezes junto com Vereadores como o Ver. Lauro
Hagemann, que está aqui, ainda, na Casa, com a Verª Jussara Cony, hoje
Deputada, Ver. caio Lustosa, Ver. Flávio Koulon,
que intermediamos tantos movimentos, tantas reivindicações dos Srs.
Funcionários. Já junto ao Prefeito João Dib e depois junto ao Prefeito
Collares, acho que não adianta resolvermos lá fora os problemas se não
conseguimos resolver os problemas dentro de Casa. Foi neste sentido e porque eu
tinha um compromisso de palavras, de responsabilidade como um dos Vereadores da
situação que negociou a reforma tributária com o Srs. Vereadores de Oposição
especialmente conversei inúmeras vezes com o Vereadores do PDS, tinha um
compromisso com o Ver. Leão de Medeiros em
relação ao projeto anterior. Votei favorável a ele e, por coerência, deveria
votar favorável mais uma vez e portanto, contra o Veto, o que o fiz com
absoluta tranqüilidade, com absoluto respeito em relação a posição da
Administração e o fia evidentemente
porque acho que no mínimo, o pagamento
mensal é uma necessidade, neste momento, de todo o funcionalismo. Neste sentido
eu gostaria de fazer um registro, que vale para nós como vale para a imensa
maioria dos municípios destes País, 1.400 e poucos
municípios de dimensões significativas. Não estamos fazendo uma coisa ás
avessa. Enquanto o Governo Federal mantém a atualização salarial de dois em
dois meses, enquanto o Governo do Estado. E é pena que não vejo o Ver. Clóvis
Brum aqui, que disse ser líder da situação há poucos minutos e agora não está
aqui para ouvir isso. Enquanto o Ver. Clóvis Brum se preocupa com a nossa
Bancada de situação, o Governo do Estado, que é do PMDB, mantém a atualização
bimestral, de dois em dois meses, e estamos cobrando, acho que cobrando
corretamente, a atualização mensal. Apenas quero gizar essa cobrança que é de
justiça, não apenas a Prefeitura de Porto Alegre, mas queria estender a boa
parte do municípios brasileiros, mesmo enfrentando uma situação pré-falimentar,
mesmo enfrentando uma falsa reforma tributária que a Constituinte berrou e
alardeou, mas não fez porque se criou pequenos transportes de impostos ou
percentuais, de fato criou muito mais ônus na área da educação, na área da
saúde, na área da polícia, na área de segurança de um modo geral com a
municipalização, esse termo que encobriu repasses do que era do nível federal,
do nível estadual para o nível municipal o que superam de muito os valores, os
percentuais daquilo que evidentemente os municípios ganharam em pequenas
passagens, talvez se comece a melhorar essa situação com este Projeto recém
votado dos repasses do IMCs que deve ser semanalmente, mas de qualquer maneira,
vejam os Senhores, não quero tratar do assunto apenas Porto Alegre, estamos
cobrando, estamos fazendo uma recuperação mais do que justa dos municípios, a
partir de que menos autonomia tem na possibilidade de recuperar e de
sobreviver.
O Sr. Leão de Medeiros: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Ver. Hohlfeldt, no momento em que V. Exª divulga publicamente a sua declaração
de voto ao Veto do projeto mensal e divulga com toda a sua força que foi a
favor do Projeto original fazendo referência expressa a um fato absolutamente
verdadeiro, no meu modesto sentir, V. Exª honra o mandato que tem e honra
também esta Casa.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Obrigado, Vereador. Acho que o meu partido mesmo se
nós eventualmente, hoje neste caso específico, tivermos um divergência
com a Administração, e acho que o próprio Prefeito entende muito claramente
essa posição, porque a tínhamos deixado muito clara quando da negociação. E
temos um posição muito clara em torno desse assunto. Mas vejam os senhores
funcionários, meus companheiros de bancada: acho que é importante termos esta
reflexão e procuramos os contextualizar a situação de Porto Alegre num panorama
do Rio Grande do Sul, num panorama brasileiro, porque tenho certeza, e conheço
bastante o companheiro Olívio Dutra há pelo menos dez anos convivo com o Olívio , lado a lado
desde antes de fundação do PT, foi pela mão do
Olívio, praticamente, que entrei para o Partido dos Trabalhadores. Sei que deve
ter sido muito difícil para ele tomar estas posições. E sei também, igualmente e ao
contrário do que pretende projetar o Sr. Isaac Ainhorn, acho que é exatamente o
contrário, quando já se coloca a questão da possibilidade do pagamento mensal
para abril, tão logo se consegue equilibrar a Receita, o que está colocando com
muita clareza e talvez o que tenha faltado a Administração – e digo isso não a
nível de crítica, a\ms de um comentário muito
tranqüilo, muito respeitoso. É talvez o maior avança, maior
flexibilidade de uma discussão política dessas questões que estão muito ligadas
umas às outras.
Eu entendo, por exemplo que, sem
dúvida nenhuma, o Pacote Tributário deverá gerara efeitos,
agora, todos os Vereadores sabem e todos os funcionários sabem que o Pacote
Tributário não faz milagres. Não é em janeiro que ele vai gerar receita
imediata, ou seja, nós continuamos tendo problemas, no primeiro mês em que
sabidamente o grosso da população na ao faz o pagamento
do seu imposto ou faz de maneira parcial nos últimos dias, em que, portanto,
nós teremos ainda este problema. Acho que este dado é irretorquível, acho que
este dado é muito objetivo e acho que este dado em outro lado explica o porquê
dos Ventos:
O Sr. Adroaldo Corrêa: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Antonio Hohlfeldt, estou inscrito e com a
condescendência da Mesa, consultando os demais inscritos, gostaria de ceder-lhe
a minha inscrição.
O SR. PRESIDENTE: Os próximos oradores inscritos é o Ver. Dilamar Machado,
Ver. João Motta, e Adroaldo Corrêa, que cede o tempo a V. Exª. V.Exª tem mais
dez minutos.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Ver. Hohlfeldt, V. Exª diz que no mês de janeiro o
Pacote Tributário ainda não
consegue surtir aqueles efeitos que todos nós quando votamos esperamos que
possa a Administração ter mais recursos para pagar o funcionalismo e para fazer
obras. Mas já existe agora no mês de janeiro alguns reflexos do pacote tributário que nós votamos no final do ano
passado como, por exemplo, a questão do
ISSQN, quando aumentamos a alíquota de 4 para 5%, nós estávamos dando um
aumento no ISSQN de 25%.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Se há realmente uma aumento percentual, ele não chega a
cobri a despesa já assumida
pelo governo municipal em relação a empréstimos bancários que de curtíssimo
prazo devem ser pagos em janeiro. Quero dizer que não concordo com os números
que estão no quadro apresentado vou entrar na discussão na hora que entrar o projeto para discutir. Acho que os
números não correspondem à realidade ou não truncados. De qualquer maneira
ainda que a receita tenha crescido é bom
lembrarmos que a municipalidade fez empréstimo vultoso pagar o mês de
dezembro e assim mesmo com alguns
atraso. Então, neste sento. Eu diria que no mínimo, as coisas ficam zerada e
significa fazer novo empréstimo, em janeiro para poder pagar em fevereiro. Num
certo momento acabaremos criando um círculo vicioso que não permite resolver a
situação. Acho que se poderia
tentar entender a proposta que a administração faz, no sentido de conter a
tendência de empréstimos bancários. Isto não pode ser feito às custa do
funcionalismo. Deve haver uma negociação a sério e há que se chegar a uma
alternativa da do tipo que
está sendo proposta que, no mínimo,se apresente prazos, percentuais de
recuperação e devolução e condições desta devolução. Isto me aprece que é uma
questão básica de respeito ao funcionário. Disto não abro mão por questão de
coerência dentro do trabalho
que tive nesta Casa ao longo destes anos.
O Sr. Dilamar Machado: V. Exª permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Gostaria de colaborar com V. Exª na análise que faz,
correta, das dificuldades que o Executivo que tem para cumprir os seus deveres
como funcionalismo, detectando
uma falha que existe atualmente na arrecadação do Município e que beneficia
diretamente apenas uma categoria. V. Exª
não estava na Casa quando aprovamos a criação do IVVC e houve uma longa
discussão de quem pagaria este imposto.
Acabamos nós Vereadores, derrotados por uma decisão judicial, que deu cobertura
aos garagistas. No entanto, a Lei permite estes mesmo garagista que recolham de
nós, consumidores, este imposto é apenas um depósito nos cofres públicos 45
dias depois. É evidente que,
no processo inflacionário em que vivemos, nesta ciranda financeira em que o
over d´pa um resultado diário de até 2,5%, na realidade, nós estamos
pagando a quem esta ganhando com isso é o garagista. Então, quero sugerir a V.
Exª e ao Governo Municipal que
encaminhe para esta Casa um mecanismo que obrigue os garagistas a depositarem o
dinheiro arrecadado no máximo 7 dias, ms, se possível, em48 horas. Eu tenho a
certeza de que, com isto, a Prefeitura irá arrecadar bem mais do que arrecada
atualmente. Quando aprovamos o
IVVC, o litro de gasolina custava 42 centavos em Porto Alegre, um ano de pois
custava 12 cruzados e alguns centavos.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Ver. Dilamar Machado, vindo esta
colocação de V. Exª, na condição de Líder do PDT, eu só posso acolhe-la. Acompanhei, de longe, o
episódio jurídico. Comprometo-me, embora não exerça nenhuma função de liderança
na Bancada, de encaminhar isto por
escrito ao Sr. Prefeito. Não sei se vemos aumentar a arrecadação, mas aumentaremos o poder de
compra deste valor arrecadado,
na medida em que ele virá mais cedo. E quero dizer que, se isto depender de
l,ei municipal, entendo, ao colher o seu aparte, que se enviado na forma de
Projeto de Lei do Município, teria ao colhimento deste Plenário e, neste sentido, seria portanto um encaminhamento
que nós tentaríamos, para buscar este dinheiro mais rapidamente. Quero deixar o
meu agradecimento a uma colaboração que não é com a Administração apenas, é com
o Município e com o funcionalismo de um modo geral.
Portanto, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, dizia eu que tinha um
compromisso com o Ver. Leão de Medeiros, muito pessoal, no episódio daquele
projeto e tenho uma visão em relação aos dois projetos votados no sentido de
que, evidentemente, na realidade
financeira de hoje, precisamos
encará-los com objetividade. O primeiro deles, o Veto já se encontra derrubado,
pagamento mensal: segundo, o adiantamento dos 40%. Acho que por uma questão de
coerência, é evidente, que precisamos encarar sito com objetividade, já que a própria Câmara Municipal tem essa
prática, e não vejo porque se fazer diferença no tratamento do funcionário
deste Legislativo, com relação ao restante do Executivo. Entendo, no momento, e
era siso que eu queria colocar à discussão, independente da
decisão final dos Srs.
Vereadores, que precisaríamos e esta discussão deveria ser feita na medida do possível,s e houver tempo, dar um prazo um
pouco maior ao Executivo para poder colocar em prática essa medida. Por
exemplo, sei que temos um Veto, não podemos emendar projeto, não sei como se poderia resolver, mas o
próprio Ver. Elói lamentava aqui a possibilidade de negociação, pois essa
possibilidade queria manter em aberto, lá sei eu, se deixássemos firmada uma
posição, por exemplo, ao derrubar o veto, ou adiar a votação, temos um prazo largo para a avaliação do veto, de que estivéssemos uma discussão no sentido
de que a municipalidade assumiria o compromisso, e dentro de 2 ou 3 meses
assumisse isso claramente, uma negociação de liderança, e teríamos a partir de março, ou abril, quando a própria
Prefeitura diz que estaria equilibrada a sua receita e despesa, e não teria
mais desculpas, mantendo-se, evidentemente, a garantia do pagamento mensal, que
me parece encaminhado, a partir da derrubada do verto.. aCho que esse tipo de conversa tem que ser feito, não ponho em
discussão, até porque, por incrível que pareça, o Ver,. Dib, já registrava aqui, embora em
outro tom, pela primeira vez, nós, Vereadores, também tivemos nos nossos sala´rios no fim do ano passado. E até com uma posição muito objetiva,
muito séria, da Mesa, do Ver. Valdir Fraga, não ouvi aquela discursseira politiqueira que
poderia ter surgido; com o que os 33 Vereadores assimitam com muita seriedade a crise,
levaram a sério o problema, portanto, passamos pelo desafio. Temos nesse sentido de discutirmos estas
coisas e de estarmos lado a lado com os funcionários, não apenas no sentido de
para eles uma coisa, e para nós, outra, mas porque nós também tivemos esse
episódio, nesse momento, e acho que a própria Câmara deverá enfrentar, por vezes, alguns problemas nesse
sentido. Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu queria deixar clara,
portanto, a minha posição, porque não sou de ficar em cima do muro, não sou de
me esconder em relação a votos, mesmo quando secretos,
e tenho uma clareza muito grande. Se tenho absoluta lealdade dom o meu Partido e para com meu
Prefeito, tenho também, responsabilidade, em primeiro lugar com o
funcionalismo que faz a prefeitura funcionar e também em relação a própria
Cidade e a oposição que há
seis ou sete anos venho defendendo nesta Casa. Acho que esta coerência não
colocamos fora de uma hora para a outra. Então, tinha um compromisso firmado
com o Ver. Leão de Medeiros dentro da negociação do pacote tributário e tenho,
no meu entendimento, uma
possibilidade de inclusive de antecedido pelo Ver.
encerro os trabalhos da presente Sessão.
(Levanta-se
a Sessão às 15h10min.)
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(Levanta-se a Sessão às 12h20min.)
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